Hoje estive comendo uma banana e notei que temos muitos motivos para fazê-lo. A fruta é rica em potássio, vitaminas e fibras, sendo a preferida dos atletas e um privilégio geográfico dos brasileiros.
Mas calma aí, prezado leitor! Esse texto não é um artigo científico sobre os benefícios da banana para a saúde. É antes um agradecimento e um comentário que lanço sobre a exposição coletiva Banana, Brazil trazida ao público pelo Memorial Attílio Fontana.
Um agradecimento porque há muito tempo vinha não comendo banana e, recentemente, eu comi. Pra ser sincero, logo após assistir a esta exposição assinada pelos artistas concordienses Artêmio Filho, Rafael Zago, Renata Gaertner, Simone Talin, Sionara Astolfi e Teresa Hobi.
Sionara vem democratizar a sociedade por meio das bananas multicoloridas (óleo sobre madeira). Rafael Zago reflete sobre a conduta do público no local artístico, espalhando cascas de banana pelo piso, obrigando assim o expectador a ter o dobro de cuidado na observação.
Teresa Hobi nos brinda com seu hiper-realismo num óleo sobre tela de dar água na boca. Artêmio Filho e Renata Gaertner propõem um retorno do homem a seu estado de natureza, num experimento audiovisual de tirar o fôlego.
Simone Talin comemora os 93 anos da Semana da Arte Moderna com releituras de Trasila, trazendo à tona os ideais do movimento que inaugurou o modernismo no Brasil, com destaque para seu remake de Abaporu com figuras de banana. Oswald de Andrade, onde quer que ele esteja, se alegra muito.
Entre bananas e conjecturas, vale lembrar que a visitação é aberta ao público de terça a sábado, das 14h às 19h, que se estende até o fim deste mês de outubro e é altamente recomendada para quem gosta de arte e bananas....e mesmo aos que não gostam: você pode se surpreender!
Wesley Corrêa Finger